Sim, pessoas, há um ser humano solto por aí que venceu sete vezes seguidas o mesmo torneio. E não é um challenger na Indonésia, mas sim um Masters 1000. A segurança que Rafael Nadal tem no saibro é tão impressionante, que eu valorizo ainda mais o feito de Robin Soderling em Roland Garros em 2009. Aquela foi a última vez que o Nadal perdeu no saibro e Deus sabe (ou não) quando será a próxima.
Em Monte Carlo, Nadal teve dois importantes desafios: enfrentou um tenista que não é especialista em saibro, mas tem perna e muito talento (Andy Murray, falamos mais sobre ele depois) e um cara que só não teve mais sucesso no piso nesse ano que o Almagro (David Ferrer). Nadal passou pelos dois, contando mais com sua regularidade do que com um tênis brilhante. Na verdade, a última vez que vi Nadal ser brilhante foi no US Open, mas acho que Roland Garros desse ano tem tudo para ser o melhor torneio de sua carreira.
O que falta para o número 1 é apenas enfrentar Djokovic no piso. Não acho que o sérvio vai ameaçá-lo, até porque teve dificuldades na quadra dura, que é favorável a ele. Mas não custa torcer para que esse encontro aconteça. Enquanto isso, continuamos acompanhando o reinado de Nadal, cada vez mais se consolidando como melhor da história no saibro. Os números serão batidos.
E lá vamos nós, Roger
Ao contrário de Miami, dessa vez eu posso dizer que realmente me decepcionei com o Federer. Por mais que o Melzer tenha jogado muito bem, o Roger continua tendo um número de erros muito fora do seu padrão. O seu jogo sempre foi encantador justamente por sua precisão técnica, sutileza e agressividade. Mas o que vimos no jogo contra Nadal nos EUA e contra Melzer foi um jogador acanhado. Deu até a impressão de que o austríaco era mais forte mentalmente do que o Federer. Acho que era de certa forma sua obrigação chegar pelo menos até o Ferrer. Vamos ver o que o resto do saibro reserva para ele.
E o Murray. tentenãoseempolgarsheila Eu diria tranquilamente que ele está de volta, se não fosse a maldita lesão no cotovelo que deve tirá-lo de Barcelona. De qualquer forma, tivemos evoluções:
– ele ganhou um jogo
– ele ganhou MAIS de um jogo
– ele jogou muito bem contra o Nadal
– ele tirou um set do Nadal no saibro
– ele jogou bem com o cotovelo destruído
Well done, mate.
Bruno em voo solo…
Quem imaginava? Bruno Soares fez mais com Juan Ignacio Chela do que com Marcelo Melo. Por mais que os títulos de Santiago e do Brasil Open sejam relevantes, a final de um Masters 1000 é mais. Será que a dupla brasileira teria chegado lá e oferecido mais trabalho aos Bryan na final? Não podemos saber. Mas os próximos torneios serão importantíssimos para saber o que o futuro reserva aos mineiros. Falo por mim: prefiro um brasileiro vencendo grandes torneios a dois ganhando medianos.
Fed Cup, baby!
Adoro Copa Davis, adoro Fed Cup. Por isso, fiquei de olho nos confrontos desse fim de semana. Nas semifinais, fiquei feliz pela volta da Zvonareva e o domínio delas sobre as italianas, ainda mais depois do drama contra a França. O que não entrou na minha cabeça foi a esnobada da Schiavone, que não quis jogar. Stuttgart não é desculpa, a Jankovic também vai para lá. Enfim…
A outra semifinal foi mais interessante, com toda a pressão do mundo em cima da Wickmayer. O problema é que a belga-mais-argentina-da-WTA (by Mario Sergio) ainda não tem uma maturidade compatível com seu talento. Já a Kvitova parece ter mais firmeza nesses momentos. A Rússia é favorita na final, mas, after all, elas são russas. TUDO PODE ACONTECER.
O drama sérvio
Ô povo que gosta duma quizumba! Aos fatos:
– a Sérvia disputou os playoffs por uma vaga no Grupo Mundial contra a Eslováquia
– Jankovic e Ivanovic aparecem para jogar, todos dizem que elas se odeiam
– capitão sérvio tira Jankovic do primeiro dia e bota a Bojana Jovanovski para jogar
– Jovanovski perde seu jogo e Ivanovic ganha
– Ivanovic se machuca no primeiro jogo do domingo e Cibulkova tira sarro no twitter
– Jankovic jogar 3h para derrotar Hantuchova
– Jankovic volta com Krunic para vencer as eslovacas. Elas perderam o primeiro set, estavam com 2/5 contra no segundo, viraram para 7/5, salvando match-point, quebraram quando as eslovacas sacaram para o jogo no terceiro e fecharam em 9/7 após 3h17.
UFA. A próxima semana será mais light, com Barcelona e Stuttgart. É semana de Bellucci com chave bem complicada.